O teste do olhinho ou teste do reflexo vermelho é um exame baseado na percepção do reflexo vermelho que aparece ao ser incidido um feixe de luz sob a superfície retiniana. É necessário que o eixo óptico esteja livre, ou seja, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pelo orifício pupilar para que este reflexo seja observado.

Esse teste é particularmente importante na detecção precoce de condições oftalmológicas graves, como o retinoblastoma, um tipo raro de câncer ocular que afeta principalmente crianças pequenas. O retinoblastoma surge devido a mutações genéticas que causam um crescimento anormal das células da retina, podendo levar à perda da visão e até mesmo à vida se não tratado precocemente.
Durante o teste do olhinho, se observa um reflexo vermelho normalmente simétrico nos dois olhos quando a luz é direcionada para as retinas. A ausência desse reflexo pode indicar a presença de anormalidades, como catarata congênita, opacidades corneanas, glaucoma congênito ou mesmo retinoblastoma. Quando detectado precocemente, o retinoblastoma geralmente apresenta melhores prognósticos de tratamento, muitas vezes conservando a visão e evitando a disseminação para outras partes do corpo.
Para confirmar o diagnóstico, é essencial realizar exames oftalmológicos mais detalhados, como a oftalmoscopia indireta e exames de imagem como a ultrassonografia ocular. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, terapia fotodinâmica, crioterapia ou até mesmo a remoção cirúrgica do tumor, dependendo do estágio e da extensão da doença.
Em resumo, o teste do olhinho desempenha um papel crucial na identificação precoce de condições oculares graves, como o retinoblastoma, permitindo intervenções terapêuticas oportunas que podem salvar vidas e preservar a visão das crianças afetadas. Pais e profissionais de saúde devem estar atentos aos sinais de alerta e realizar avaliações oftalmológicas regulares para garantir um diagnóstico precoce e eficaz dessas condições.


